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Алмейда-ГарретАлмейда-Гаррет (Almeida Garrett) Жуан Баптишта да Силва Лейтан (da Silva Leitao) (4.2.1799, Порту, — 9.12.1854, Лисабон), португальский писатель и общественный деятель. Участник борьбы за демократическую конституцию (вступила в силу 23 сентября 1822). Начал с пьес и стихов в духе просветительского классицизма; позднее в поэмах «Камоэнс» (1825), «Дона Бранка» (1826), сборниках стихов 1845 и 1853, исторических драмах «Ауту Жила Висенти» (1838), «Оружейник из Сантарема» (1841) и романе «Арка святой Анны» (ч. 1—2, 1845—51) представлял прогрессивно-романтическое направление в португальской литературе. Соч.: Obras completas, v. 1—30, Lisboa, 1904-14. Лит.: Antscherд О., J. В. de Almeida Garrett und seine Beziehungen zur Romantik, Hdlb., 1927; Lawton A., Almeida Garrett. L'intime contrainte. Thèse...., P., [1966]. АЛМЕЙДА-ГАРРЕТ, Жуан Баптишта да Силва Лейтан (1799— 1854) — португальский писатель, глава романтич. направления в португальской литературе, либеральный публицист и общественный деятель. Яростный противник реакционной феодально-клерикальной диктатуры. Для его романтич. поэм «Камоэнс» (1825) и «Дона Бранка» (1826) характерны идеализация старины, иоэтич. наследия своего народа и горячий патриотизм. Те же мотивы и интерес к национальной истории заметны в его драмах: «Ауто Жила Висенти» (1838), «Дона Филиппа ди Вильена» (1840), «Оружейник из Сантарема» (1841) и в его лучшей пьесе «Брат Луиж ди Соуза» (1844). Значителен был вклад А.-Г. в португальскую лит-ру как романиста (в особенности историч. роман), как лирика — «Опавшие листья» (1853) и мн. др. и как исследователя и издателя богатого португ. фольклора. Лит.: В г a g a Th., Garrett е a sua obra, Lisboa, 1905; его ж е, Garrett е о romantlsmo, Porto, 1903; его же, Garrett е os dramas romanticos, Porto, 1905.; Flguelredo F. de, Historla da litteratura romantics (1825—1870), 2 ed., Lisboa, 1923. Алме́йда Гарре́т Жуа́н Бати́ста да Си́лва Лейта́н де (порт. João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett, 1799-1854), порт. писатель и полит. деятель, виконт (с 1851). Считается родоначальником романтизма в Португалии. Родился 4 февраля 1799 в Порту. После вступления Наполеона в Португалию переехал с родителями на остров Терсейра (Азорские острова). Позже вернулся в континентальную Португалию и в 1816–1821 изучал право в университете в Коимбре. После отмены демократической конституции 1822 года эмигрировал и жил в Англии и Франции. Вернулся в Португалию в 1836 году и занимал посты генерального инспектора театров, главного хрониста, был депутатом парламента и министром иностранных дел. Умер в Лиссабоне 9 декабря 1854. Первоначально примыкал к классической школе (трагедия "Лукреция" (Lucrécia, 1819) и др.), но вынужденный дважды эмигрировать из Португалии, познакомился с английской и германской романтической литературой (Байрон, Вальтер Скотт и др). В середине 1820-х годов А. были написаны две его первые поэмы: "Камоэнс" (Camões, 1825) и "Дона Бранка" (Dona Branca, 1826). Разносторонность и широта таланта А. позволили ему проявить себя в различных областях: он и лирический поэт (сборник "Цветы без плода" (Flores sem fruto, 1845), "Опавшие листья" (Folhas cahidas, 1852)), и автор многих поэм и пьес. Некоторые прозаические пьесы считаются лучшими в португальской литературе, например "Брат Луиш де Соуза" (Frei Luís de Sousa, 1844). Выдающийся успех имели его "Путешествия по моей земле" (Viagens na minha terra, 1843-1846) и собрание португальских романсов "Романсейро" (Romanceiro, 1850). Чуткость, с которой А. относился к каждому новому литературному явлению, позволила объединиться вокруг него тогдашним литературным силам Португалии. Полное собрание сочинений А. было впервые выпущено в Лиссабоне в 30 томах в 1904-1914 гг. João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett e mais tarde visconde de Almeida Garrett, (Porto, 4 de Fevereiro de 1799 — Lisboa, 9 de Dezembro de 1854) foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, Par do Reino, ministro e secretário de Estado honorário português. Grande impulsionador do teatro em Portugal, uma das maiores figuras do romantismo português, foi ele quem propôs a edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática. João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu no Porto a 4 de Fevereiro de 1799, filho segundo de António Bernardo da Silva Garrett, selador-mor da Alfândega do Porto, e Ana Augusta de Almeida Leitão. Passou a sua infância na Quinta do Sardão, em Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia), pertencente ao seu avô materno José Bento Leitão. Mais tarde viria a escrever a este propósito: "Nasci no Porto, mas criei-me em Gaia". No período de sua adolescência foi viver para os Açores, na Ilha Terceira, quando as tropas francesas de Napoleão Bonaparte invadiram Portugal e onde era instruído pelo tio, D. Alexandre, bispo de Angra. Foi também aí que engravidou sua companheira Luisa Midosi. De seguida, em 1816 foi para Coimbra, onde acabou por se matricular no curso de Direito. Em 1821 publicou O Retrato de Vénus, trabalho que fez com que lhe pusessem um processo por ser considerado materialista, ateu e imoral. É também neste ano que ele e sua família passam a usar o apelido de Almeida Garrett. Almeida Garrett participou na revolução liberal de 1820, de seguida foi para o exílio na Inglaterra em 1823, após a Vilafrancada. Antes casou-se com uma muito jovem senhora Luísa Midosi, que tinha apenas 14 anos. Foi em Inglaterra que tomou contacto com o movimento romântico, descobrindo Shakespeare, Walter Scott e outros autores e visitando castelos feudais e ruínas de igrejas e abadias góticas, vivências que se reflectiriam na sua obra posterior. Em 1824, pode partir para França e assim o fez, nessa viagem escreveu o muitíssimo conhecido Camões (1825) e Dona Branca (1826)não tão conhecido mas não menos importante, poemas geralmente considerados como as primeiras obras da literatura romântica em Portugal. No ano de 1826 foi chamado e regressou à pátria com os últimos emigrados dedicando-se ao jornalismo, fundando e dirigindo o jornal diário O Português (1826-1827) e o semanário O Cronista (1827). Teria de deixar Portugal novamente em 1828, com o regresso do Rei absolutista D. Miguel. Ainda no ano de 1828 perdeu a sua filha recém-nascida. Novamente em Inglaterra, publica Adozinda (1828). Juntamente com Alexandre Herculano e Joaquim António de Aguiar, tomou parte no Desembarque do Mindelo e no Cerco do Porto em 1832 e 1833. Também fundou o Jornal "Regeneração" em 1851 a propósito do movimento político da regeneração.
A
vitória do Liberalismo permitiu-lhe
instalar-se novamente em Portugal, após curta estadia
em Bruxelas como cônsul-geral e encarregado de
negócios, onde lê Schiller, Goethe e Herder. Em
Portugal exerceu cargos políticos, distinguindo-se nos anos
30 e 40 como um dos maiores oradores nacionais.
Foram de sua iniciativa a criação do Conservatório de Arte
Dramática, da Inspecção-Geral dos Teatros, do Panteão
Nacional e do Teatro Normal (actualmente Teatro Nacional D.
Maria II, em Lisboa). Mais do que construir um teatro, Garrett
procurou sobretudo renovar a produção dramática nacional segundo
os cânones já vigentes no estrangeiro. A vida de Garrett foi tão apaixonante quanto a sua obra. Revolucionário nos anos 20 e 30, distinguiu-se posteriormente sobretudo como o tipo perfeito do dândi, ou janota, tornando-se árbitro de elegâncias e príncipe dos salões mundanos. Foi um homem de muitos amores, uma espécie de homem fatal. Separado da esposa, Luisa Midosi, com quem se casou, em 1822, quando esta tinha 11 anos de idade, passa a viver em mancebia com D. Adelaide Pastor até a morte desta, em 1841. A partir de 1846, a sua musa é a viscondessa da Luz, Rosa Montufar Infante, andaluza casada, desde 1837, com o oficial do exército português Joaquim António Velez Barreiros, inspiradora dos arroubos românticos das Folhas caídas. Por decreto do Rei D. Pedro V de Portugal datado de 25 de Junho de 1851 Garrett é feito Visconde de Almeida Garrett em vida (tendo o título sido posteriormente renovado por 2 vezes). Em 1852 sobraça, por poucos dias, a pasta do Negócios Estrangeiros em governo presidido pelo Duque de Saldanha. Falece em 1854, vítima de cancro, em Lisboa, na sua casa situada na actual Rua Saraiva de Carvalho, em Campo de Ourique. Encontra-se sepultado no Panteão Nacional, Lisboa em Portugal. Dá início ao seu projecto de regeneração do teatro português, levando à cena em 1838 Um Auto de Gil Vicente, pouco antes Filipa de Vilhena e, em 1842, O Alfageme de Santarém, todas sobre temas da história de Portugal. Em 1844 é publicada a sua obra-prima, Frei Luís de Sousa, que um crítico alemão, Otto Antscherl, considerou a "obra mais brilhante que o teatro romântico produziu". Estas peças marcam uma viragem na literatura portuguesa não só na selecção dos temas, que privilegiam a história nacional em vez da antiguidade clássica, como sobretudo na liberdade da acção e na naturalidade dosdiálogos e em 1845 foi representada a peça, "Falar a Verdade a Mentir". Em 1843, Garrett publica o Romanceiro e o Cancioneiro Geral, colectâneas de poesias populares portuguesas, e em 1845 o primeiro volume d'O Arco de Santana (o segundo apareceria em 1850), romance histórico inspirado por Notre Dame de Paris de Victor Hugo. Esta obra seduz não só pela recriação do ambiente medieval do Porto, mas sobretudo pela qualidade da prosa, longe das convenções anteriores e muito mais próxima da linguagem falada. A obra que se lhe seguiu deu expressão ainda mais vigorosa a estas tendências: Viagens na minha terra, livro híbrido em que impressões de viagem, de arte, paisagens e costumes se entrelaçam com uma novela romântica sobre factos contemporâneos do autor e ocorridos na proximidade dos lugares descritos (outra inovação para a época, em que predominava o romance histórico). A naturalidade da narrativa disfarça a complexidade da estrutura desta obra, em que alternam e se entrecruzam situações discursivas, estilos, narradores e temas muito diversos. Na poesia, Garrett não foi menos inovador. As duas coletâneas publicadas na última fase da sua vida (Flores sem fruto, de 1844, e sobretudo Folhas Caídas, de 1853) introduziram uma espontaneidade e uma simplicidade praticamente desconhecidas na poesia portuguesa anterior. Ao lado de poemas de exaltada expressão pessoal surgem pequenas obras-primas de singeleza ímpar como «Pescador da barca bela», próximas da poesia popular quando não das cantigas medievais. A liberdade da metrificação, o vocabulário corrente, o ritmo e a pontuação carregados de subjectividade são as principais marcas destas obras. Primeiras edições ou representações
Bibliografia ordenada e completa Poemas
Obras póstumas
Obras póstumas
Artigos, ensaios, biografias e folhetos
Obras póstumas
[editar]Romances, cancioneiros e contos
Obras póstumas
Obras póstumas
Obras póstumas
Participação em publicações periódicas
Algumas obras disponíveis em formato digital na Internet
No século XIX e em boa parte do século XX, a obra literária de Garrett era geralmente tida como uma das mais geniais da língua, inferior apenas à de Camões. A crítica do século XX (notavelmenteJoão Gaspar Simões) veio questionar esta apreciação, assinalando os aspectos mais fracos da produção garrettiana. No entanto, a sua obra conservará para sempre o seu lugar na história da literatura portuguesa, pelas inovações que a ela trouxe e que abriram novos rumos aos autores que se lhe seguiram. Garrett, até pelo acentuado individualismo que atravessa toda a sua obra, merece ser considerado o autor mais representativo do romantismo em Portugal. Bibliografia:
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